O aumento no número de casos de dengue em todo o país, no início deste ano, tem sido o pavor de muita gente. São altos os índices de pessoas contaminadas e de mortes causadas pela doença, algo que assusta, ainda que alguns imunizantes já estejam em fase de testes. Mais do que a espera por uma vacina, contudo, é preciso pensar em prevenção, pois esta já se provou uma forma eficaz de controlar a proliferação do Aedes aegypti.

Boa parte deste problema poderia ter sido amenizado com a adoção de hábitos simples de nossa parte, como há anos é propagandeado. Manter caixas d’água tampadas, deixar garrafas e recipientes com a boca virada para baixo, manter piscinas limpas, colocar areia em pratos de vasos, cobrir pneus ou outros objetos que possam juntar água, e todas as outras pequenas ações que nos são sempre recordadas, já seriam suficientes para diminuir a proliferação do mosquito. Tais costumes, inclusive, pareciam até já estarem enraizados no dia a dia de muitas pessoas. Porém, parece que parte disso foi sendo esquecida, com o passar do tempo.

Entretanto, há também a parcela de culpa do Poder Público, que poderia – ou melhor, deveria – não somente reforçar a fiscalização em bairros e cidades, mas também aumentar as campanhas de conscientização para relembrar a população sobre a importância de tais cuidados. Isso sem contar a necessidade de se promover melhor saneamento básico nos municípios, limpeza de terrenos, de leitos de rios e córregos, entre outras questões que, direta ou indiretamente, também acabam contribuindo para o aumento deste problema.

O combate à dengue precisa ser forte e efetivo sempre e não apenas quando há um surto muito grande, como o que estamos vivendo neste momento. E essa é uma responsabilidade de todos.